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FALAR SOBRE AUTISMO OU SOBRE PESSOAS QUE ESTÃO NO ESPECTRO AUTISTA

NAIRETE CORREIA - PSICÓLOGA ESP. EM NEUROPSICOLOGIA - CRP 19/453 • May 20, 2024

Timidez e Retraimento na Infância – Pode ser autismo?


TEA – Transtorno do Espectro Autista tem caráter dimensional - Na 5ª edição do Manual Estatístico dos Transtornos Mentais- DSM 5 - (APA, 2014; Paula et al, 2017), o autismo passa a ser compreendido como um espectro. Um continuum de apresentações clínicas, com muitas variações e definidas a partir de níveis de gravidade e formas de expressão comportamental.


Cientistas identificaram características comuns e variações em dois grupos nucleares do TEA – déficits na comunicação social e interação social e presença de comportamentos restritos e repetitivos, interesses ou atividades (Júlio Costa & Antunes, 2017). O termo TEA compreende um grupo de indivíduos que desde a infância apresentam uma variabilidade de alterações qualitativas e com diferentes níveis de comprometimentos na comunicação social recíproca, na interação social em diferentes contextos(casa, escola, ambiente social), e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades (APA,2014).


A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, que resulta de uma interação entre fatores genéticos e ambientais (Júlio Costa & Antunes, 2023; Bai et al., 2019; Paula et al.,2017; Júlio Costa & Antunes, 2017; Russo etal.,2019).


Embora a genética represente um papel significativo no autismo, a ciência estima que pelo menos 1097 genes entre uma variedade com mais e menos importância, sendo estudados com alguma relação com o autismo, segundo o maior banco de dados do mundo sobre a genética do autismo (SFARI Gene). 134 genes estão ligados ao transtorno (Hoang et al., 2017). Embora muitos desses genes possam interagir e estejam relacionados, eles ainda são distintos. Esses genes fornecem o código para proteínas que executam as mais variadas funções, desde orientar como as células cerebrais se conectam, a como os genes são ativados e desativados no núcleo das células. E como permitem a passagem de moléculas através de suas lembranças? Cada um desses processos, distintos causam diferentes efeitos no cérebro, que se cruzam de inúmeras maneiras.


As coisas ficam ainda mais complicadas pelo fato de que esse efeito genético combinado interage com a história, desenvolvimental com a aprendizagem e com a personalidade da criança, o fenótipo.


Quando falamos nas influências do “ambiente” estamos nos referindo as experiencias maternas e paternas mesmo antes da concepção, continuando durante a gravidez até o início da vida, continuando ao longo do desenvolvimento.  Estudos investigam fatores ambientais que podem contribuir para o risco de autismo. Dentre os riscos sugeridos estão asfixia perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascer, exposição a alguns fatores ambientais durante a gestação, como uso do álcool e outras drogas, tabagismo ativo ou passivo, condições de saúde materna durante a gestação, exposição fetal ao ácido volproico e idade parental avançada (APA, 2014; Bai et al., 2019; Russo et al., 2019).


Se você conheceu uma pessoa com transtorno do espectro autista, saiba que ele é único, as outras pessoas com transtorno do espectro autista são todos diferentes em termos de sintomas, comportamentos, funcionamento cognitivo, inteligência, emoções e sentimentos.


O reconhecimento de que o autismo não é uma condição única é essencial para a compreensão da necessidade de individualizar os planos para portadores de TEA. Uma abordagem única não terá eficácia para todas as crianças. As intervenções devem ser apropriadas para cada caso.


Atualmente entendemos melhor qual a essência do espectro autista. A comunidade de cientistas, pesquisadores, estudiosos tem maior compreensão e habilidades para identificar o autismo mais precocemente (a partir do 30º mês de vida), direcionar o processo desenvolvimental apropriado considerando a plasticidade cerebral (capacidade de adaptação do cérebro) e sua receptividade às intervenções. Atualmente o autismo não é uma sentença de sofrimento eterno. Estudos comprovam que se o diagnóstico precoce, com as intervenções corretas e apoio familiar e da comunidade faz as pessoas encontrarem seus talentos e perspectivas peculiares, percebendo que a diversidade contribui para o sucesso de toda a humanidade.


O diagnóstico não é para mudar quem a pessoa é, mas para ajudá-la a maximizar suas potencialidades e encontrar oportunidades para que possa escolher livremente e se transformar na pessoa que desejar ser.



Por não ter um marcador biológico, o diagnóstico de autismo é clínico (Paula et al.,2017; Júlio-Costa & Antunes, 2017) e se constitui um desafio para profissionais que não possuem experiencia clínica com indivíduos com TEA. O diagnóstico é através de observações comportamentais dos sinais e sintomas estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM5 e de saúde: CID 11. O profissional precisa entender os critérios diagnósticos dos demais transtornos neuropsiquiátricos para fazer diagnóstico diferencial entre o TEA e outra condição psiquiátrica, e para avaliar a existência de comorbidade associada. Sintomas do TEA estão presentes também em outros transtornos como por exemplo no TDAH e no transtorno de ansiedade. É preciso expertise do profissional para não dar um diagnóstico falso positivo ou falso negativo. Em alguns casos o diagnóstico se torna temporalmente inconclusivo, até que os sintoma ou sinais possam ser claramente observados e caracterizados.


Por NAIRETE CORREIRA / NEUROPSICÓLOGA - CRP 19/453 27 de maio de 2024
ATIVIDADE FÍSICA AUXILIANDO NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS.
Por NAIRETE CORREIA - PSICOLOGA / ESP. EM NEUROPSICOLOGIA / CRP19/453 15 de maio de 2021
O cérebro humano tem o OXIGÊNIO como insumo básico para seu funcionamento. Por isso o funcionamento cerebral reage com muita sensibilidade à deficiência de oxigênio. Pesquisadores em neurobiologia da Universidade de Munique Ludwig-Maximilians (LMU), Universidade em Munique (Alemanha) conseguiram, pela primeira vez, correlacionar diretamente quanto de oxigênio nosso cérebro precisa para a atividade das células nervosas. Segundo o estudo toda energia usada pelo cérebro é gerada principalmente por processos metabólicos aeróbicos que consomem quantidades consideráveis de oxigênio, e as concentrações desse gás determinam e influenciam a função das células nervosas e gliais. A COVID-19 que tem como um dos principais sintomas a falta de ar, tem deixado graves sequelas cognitivas nas pessoas recuperadas. Desde uma simples confusão mental, dificuldade de atenção e de concentração a perda de memória, problemas de compreensão, entendimento e mudanças de comportamento, problemas emocionais (variação de humor), e diminuição da capacidade visuoperceptiva (capacidade de juntar/manipular estímulos físicos, ou de realizar certos movimentos organizados ou adaptá-los para determinado fim). Pesquisadores brasileiros do INCOR afirmam que 80 % dos recuperados da COVID-19 apresentam sequelas neuro cognitivas, mesmo os que apresentaram sintomas leves e aqueles que ficaram assintomáticos. Pacientes recuperados da COVID-19, ao sentirem qualquer sinal de perda cognitiva ou dificuldade como as acima descritas, devem procurar ajuda de um profissional médico ou neuropsicólogo, para que possa realizar uma investigação criteriosa dos sintomas. Nairete Correia Psicóloga - CRP 19/453 Esp. em Neuropsicologia #CuidarNeuropsi #SequelasCovid #Neuropsicologa #NairetePsi #PerdasCognitivas #Memória #oxigênio

TEA

Por NAIRETE CORREIA PSICÓLOGA / ESPECIALISTA EM NEUROPSICOLOGIA /CRP 19/453 15 de maio de 2021
TEA - Transtorno do Espectro do Autismo. Não é uma doença portanto, não tem cura. É um transtorno do neurodesenvolvimento que acontece durante o desenvolvimento do sistema neurológico. Os primeiros sinais do TEA se apresentam entre o segundo e o terceiro mês de vida, quando a criança não tem reações à estimulos do ambiente. Alguns sinais observados na identificação do TEA: - Não reage a presença de pessoas; - Não reage às vozes nem a sorrisos e outras expressões faciais; - Não atende quando lhe chamam pelo nome; - Não tem interesse pelo que está a sua volta; - Não reage a outras crianças; - Não acenam, não gesticulam; - "Parecem viver num outro mundo", o mundo "normal" não lhe compreende; - Dificuldade para balbuciar, e atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; - Quando aprende a falar repete exaustivamente a mesma palavra ou frase. - Apresenta comportamentos repetitivos como: bater palmas ; balançar o corpo; organizar objetos; em vez de brincar, enfileira os brinquedos; - Se irritam facilmente; - Têm interesses extremos por coisas especificas: números, símbolos, assuntos, datas, etc. - Têm muitos problemas de sono(inversao no horatio de dormir) e sofrem muito de ansiedade. O diagnóstico precoce melhora o desenvolvimento da criança e ajuda a proporcionar mais qualidade de vida, tanto para a crianca quanto para a família; O diagnóstico é feito através da observação clínica e da análise do relato dos pais sobre o desenvolvimento da criança desde o nascimento. A Avaliação é feita com preenchimento de escalas do neurodesenvolvimento, aplicadas num processo de observação do comportamento em condições específicas. O tratamento envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar que auxilia no desenvolvimento da criança. Essa equipe é composta por: Médico Neurologista ou Psiquiatra Infantil, Psicólogo, Neuropsicólogo, Psicopedagogo, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Nutricionista. Todos alinhados e pensando sobre cada dificuldade de cada caso, de forma exclusiva. Uma criança TEA será um Adolescente TEA é um Adulto TEA. Msc. Nairete Correia Psicóloga Esp. em Neuropsicologia CRP 19/453 #TEA #CuidarNeuropsi #NairetePsi #Autismo
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