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Ansiedade é possível controlar?
Nairete Correia - Psicóloga esp. em Neuropsicologia - CRP 19/453 SE • June 18, 2020
Ansiedade é possível controlar?
Ansiedade faz parte da condição humana. Há séculos filósofos, lideres religiosos, acadêmicos, profissionais da saúde e cientistas sociais, todos tentando compreender a ansiedade. Todos buscando resposta e desenvolvendo técnicas que possam intervir e tratar de forma efetiva a ansiedade, condição que dissemina e perturba a humanidade.
Sempre que acontece uma catástrofe ou um desastre natural, atos de violência humana, pessoas desenvolvem várias doenças mentais e a ansiedade, o medo e o estresse pós-traumático aumentam nestas populações.
Com a Pandemia do Coronavírus não é diferente. O processo de transmissão do vírus a rapidez com que chegou a todos os lugares do mundo, a voracidade do vírus, sua capacidade de matar. Tudo isso causa estresse, medo e ansiedade. Primeiro o Estresse de saber que algo poderia estar chegando e a sensação de impotência para impedir ou barrar. Esforço perdido. Em segundo lugar o medo do Vírus por não se saber quais as consequências disso, e as mortes acontecendo. Mas o objeto do medo é concreto, ele existe. Em terceiro a Ansiedade – todos os protocolos de prevenção e para impedir a contaminação sem nenhuma garantia que seria possível barra o inimigo.
A ansiedade funciona como um sistema de resposta cognitiva, afetiva, fisiológica e comportamental complexo. A pessoa passa a funcionar no modo de ameaça que é ativado sempre que ocorrem alguns eventos imprevisíveis e incontroláveis que ameaçam os interesses vitais do indivíduo.
Ansiedade é uma resposta emocional provocada pelo medo. É uma resposta subjetiva, cada um responde de uma maneira diferente.
- Fatores cognitivos da Ansiedade:
- Aversão percebida;
- Incontrolabilidade;
- Incertezas;
- Vulnerabilidade;
- Incapacidade de obter resultados desejados.
Como fazer para lidar melhor com a ansiedade:
Reavaliar as ameaças exageradas; aumentar a tolerância para riscos e incertezas; diminuir as preocupações e pensamentos negativos; Aumentar a autoconfiança para enfrentamento da ameaça; desenvolver estratégias de enfrentamento da ameaça.
Desenvolver autocuidado; demonstrar empatia com as outras pessoas; buscar usar a criatividade com novas tarefas; realizar atividades prazerosas; cuidar do sono; cuidar da alimentação e do bem-estar. Planejar o futuro cuidando do seu hoje, se reinventando, buscar novas alternativas produtivas.
Msc. Nairete Correia
Psicóloga esp. em Neuropsicologia
CRP 14/453 SE
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O cérebro humano tem o OXIGÊNIO como insumo básico para seu funcionamento. Por isso o funcionamento cerebral reage com muita sensibilidade à deficiência de oxigênio. Pesquisadores em neurobiologia da Universidade de Munique Ludwig-Maximilians (LMU), Universidade em Munique (Alemanha) conseguiram, pela primeira vez, correlacionar diretamente quanto de oxigênio nosso cérebro precisa para a atividade das células nervosas. Segundo o estudo toda energia usada pelo cérebro é gerada principalmente por processos metabólicos aeróbicos que consomem quantidades consideráveis de oxigênio, e as concentrações desse gás determinam e influenciam a função das células nervosas e gliais. A COVID-19 que tem como um dos principais sintomas a falta de ar, tem deixado graves sequelas cognitivas nas pessoas recuperadas. Desde uma simples confusão mental, dificuldade de atenção e de concentração a perda de memória, problemas de compreensão, entendimento e mudanças de comportamento, problemas emocionais (variação de humor), e diminuição da capacidade visuoperceptiva (capacidade de juntar/manipular estímulos físicos, ou de realizar certos movimentos organizados ou adaptá-los para determinado fim). Pesquisadores brasileiros do INCOR afirmam que 80 % dos recuperados da COVID-19 apresentam sequelas neuro cognitivas, mesmo os que apresentaram sintomas leves e aqueles que ficaram assintomáticos. Pacientes recuperados da COVID-19, ao sentirem qualquer sinal de perda cognitiva ou dificuldade como as acima descritas, devem procurar ajuda de um profissional médico ou neuropsicólogo, para que possa realizar uma investigação criteriosa dos sintomas. Nairete Correia Psicóloga - CRP 19/453 Esp. em Neuropsicologia #CuidarNeuropsi #SequelasCovid #Neuropsicologa #NairetePsi #PerdasCognitivas #Memória #oxigênio